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A declaração é do repórter da RBS e Presidente da Região Sul da CUFA - Central Única das Favelas, Manoel Soares, que esteve nesta terça-feira, na Câmara de Vereadores, ministrando uma palestra sobre a campanha Crack Nem Pensar, por minha solicitação, uma vez que acredito ser o crack o mal do século. 
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Comparo a situação do crack com o trânsito, pois pessoas somente se preocupam com ela, quando esta os atinge. Manoel Soares destacou que a necessidade de se criar uma campanha para combater o crack surgiu de estatísticas que mostram que cada vez mais pessoas se embrenham por este mundo e não conseguem mais sair. Salientou, ainda, que segundo levantamentos realizados, Passo Fundo tem um alto consumo de crack, sendo que quase R$ 300 mil em droga circulam por dia em nossa a cidade. 
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O problema acaba se tornando um negócio rentável e é este um dos motivos que a cada ano mais e mais jovens entram para este mundo. “Gente que não é traficante vai passar a ser quando começar a ganhar dinheiro de forma fácil. O problema é que depois de certo tempo, usuário e traficante se confundem, e este negócio passa a ser mortal. Não podemos deixar o jovem ter o primeiro acesso a droga”, enfatizou. 
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Em sua opinião a situação atual demonstra que a sociedade está perdendo o controle sobre seus filhos. E por isso, é preciso cuidar, prevenir. “Estamos perdendo eles para o crack. Vamos retomar as rédeas da sociedade. Vamos dar mais atenção aos nossos filhos. O crack é o reflexo de que a sociedade está falhando. Está tarde, mas ainda dá para fazer alguma coisa”, afirmou. 
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Manoel salientou que o que mais o deixou feliz na visita a Passo Fundo é que a sociedade está se organizando para montar um comitê de combate ao crack. Para ele estratégias de ação envolvendo todos os setores da sociedade são importantes para impedir o avanço da droga. “Eu sempre afirmo que as pessoas estão paradas com relação à droga. Eu te pergunto o que você está fazendo para combater o consumo do crack? Pense nisso”, questionou. 
 

 
