11/11/09


Mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade participaram da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, que teve como principal bandeira a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.

A marcha, que é organizada todos os anos pelas centrais sindicais, teve início com a concentração das caravanas de trabalhadores no estádio Mané Garrincha. A partir das 10 horas teve inicio a caminhada pela Esplanada dos Ministérios até a Praça dos Três Poderes, onde ocorreu o ato político que contou com a participação dos presidentes das centrais sindicais (CTB, Nova Central, CUT, Força Sindical, UGT e CGTB), além de representantes dos movimentos sociais e parlamentares.

Wagner Gomes, presidente da CTB, saudou a unidade do movimento sindical para organizar esta tradicional mobilização que já é marco da luta em defesa dos interesses dos trabalhadores. Wagner fez um breve histórico da luta dos trabalhadores em defesa da redução da jornada de trabalho e afirmou que classe patronal sempre será contra a redução da jornada, mas os trabalhadores não podem abrir mão dessa reivindicação que, além de melhorar a qualidade de vida, permitindo que o trabalhador tenha mais tempo para a família, lazer e relacionamento social, vai gerar mais de 2 milhões de novas vagas no mercado de trabalho. "Em 1988, quando lutávamos para reduzir a jornada de trabalho de 48 para 40 horas semanais, os empresários diziam que o Brasil não suportaria e as empresas iriam quebrar. A jornada foi reduzida para 44 horas e o Brasil não quebrou", disse o presidente da CTB.

Na segunda foto, podemos ver o companheiro de longa data Vicente Selistre ao lado do presidente da CTB que discursa com muita garra.