29/03/10

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou audiência pública no Plenarinho da Câmara de Vereadoers de Passo Fundo, para debater as políticas públicas de combate às drogas, os recursos para tratamento dos dependentes e a infraestrutura das comunidades terapêuticas.

O encontro reuniu técnicos, enfermeiros, deputados, Ministério Público e Câmara Municipal. Para o deputado Dionilso Marcon, o objetivo é mobilizar a sociedade e chamar a atenção para epidemia do crack, no Rio Grande do Sul. Para Marcon é um momento importante para levantar as experiências que existem e estão colaborando no combate ao uso de drogas. Marcon ressalta que o Estado precisa melhorar muito o trabalho de prevenção, pois atualmente o pouco que está sendo feito é por conta das Prefeituras.

A comissão pretende pressionar o governo por programas de incentivo para que os jovens, no turno inverso da escola, possam ser envolvidos em atividades como a qualificação de mão de obra, lazer e esporte. Um dos melhores exemplos citados no encontro foi o das comunidades terapêuticas que precisam de mais apoio. Marcon fez um alerta que a falta de leitos para internação acontece em todo o estado, o que representa uma bomba atômica que pode estourar a qualquer momento.

Outro integrante da comissão que participou do debate foi o deputado Mauro Sparta que opinou que o Brasil não estava preparado para impacto tão grande do crack, por ser uma droga violenta que vicia rapidamente. Sparta diz que números apontam que no Estado tem 50 mil pessoas viciadas no crack, uma verdadeira epidemia, por ser uma droga barata que intoxica muito e provoca a morte. Sparta também destacou o trabalho das comunidades terapêuticas e cobrou mais apoio do Governo, para que se tenha uma atividade científica, medicamentos e psicólogos patrocinados pelo Estado.

O promotor Edgar Garcia denunciou no evento a falta de leitos para internação dos dependentes, segundo ele, apenas duas casas em Passo Fundo, de um só proprietário, abriga 90 doentes, Garcia diz que tem mais gente nessas duas casas particulares, do que nos leitos psiquiátricos, disponíveis na rede pública.

A audiência pública da Assembléia, faz parte de uma programação regionalizada para debater Drogadição e Comunidades Terapêuticas. Esta foi a 12ª audiência pública promovida pela CCDH para discutir o tema.

Na primeira foto: a mesa que coordenou a audiência pública.

Na segunda foto, os Deputados Estaduais: Dionilso Marcon e Mauro Sparta.

Na terceira foto: a Jornalista Paula Petrini e o Cinegrafista Estêvão Rômulo.

Na quarta foto: estou expondo meu posicionamento e me colocando a disposição para continuar coolaborando nessa luta.