22/04/10

Registros da minha participação na Reunião da CEBES que tratou sobre o tema da falta de professores nas escolas públicas. Segue notícia postada no site da Câmara Municipal, pela brilhante Jornalista Daniela de Oliveira:

Ainda faltam professores em escolas estaduais

Levantamento foi entregue pela direção do Cpers aos integrantes da CEBES. Sétima Coordenadoria de Educação diz que diversos motivos estão levando a esta situação, mas garante que até o final desta semana, os problemas serão solucionados.

Representantes de escolas, do Cpers/Sindicato, da 7ª CRE e de outras instituições ligadas à educação estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira, dia 22 de abril, com a Comissão de Educação e Bem Estar Social (CEBES) da Câmara de Vereadores. Passados cerca de 60 dias do início do período letivo ainda há falta de professores em diversas escolas da cidade. Estima-se que no mínimo 100 vagas ainda não foram preenchidas até o dia de ontem. O levantamento foi feito pelos próprios integrantes do Cpers/Sindicato, e mostra ainda a falta de funcionários como merendeiras, monitores, bibliotecários e coordenação. De acordo com informações do sindicato, somente em duas escolas não há falta de nenhum profissional.

De acordo com o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, Heliomar Lara, há diversos motivos para a falta de professores. Segundo ele, até o dia 15 de abril, um levantamento da CRE demonstrava que existiam aproximadamente 100 educadores em laudos médicos. Em somente uma escola há 10 professores nesta situação. Ainda foram realizadas pelo menos 17 exonerações de profissionais que deixaram o cargo estadual para ingressarem em outro serviço público. Também comunicou que foram protocolados até este período pelo menos 125 pedidos de licença prêmio, e destes, 65 já foram liberados por estarem em período pré-aposentadoria. Junto a estes dados somam-se ainda outros 15 pedidos de licença interesse e 80 solicitações de aposentadorias, 50 delas já concedidas. “Estes números são preocupantes. Se pensarmos que existe um total de 3.400 professores na cidade, isso significaria que pelo menos 5% destes estão em laudo médico. É um número bastante expressivo. Apesar disso, temos tentado, a medida do possível, fazer as adequações”, declarou. Lara explicou que foram liberados 70 contratos emergenciais nestes últimos dias, e outras 40 convocações já foram encaminhadas somente na última segunda-feira. O coordenador salientou ainda que foram realizadas contratos com a máxima carga horária possível ou contratos por mais períodos. “O que nos surpreende é que este ano foi o que mais houve estas solicitações, principalmente de laudos e aposentadorias. Tudo isso nos fugiu do controle devido a todas estas situações que expliquei. Evidente que houve falhas, mas estamos tentando montar a grade curricular da melhor forma possível. Até hoje, já foram encaminhados professores para 88% das escolas. Alguns docentes estão adiantando períodos. Sabemos que esta não é a melhor forma pedagógica, mas é uma maneira de não prejudicarmos os alunos. Peço desculpas à comunidade, mas temos tentado achar alternativas”, declarou.

Soluções

O vereador José Eurides de Moraes (PSB), integrante da comissão, disse ter ficado angustiado porque não imaginava tal realidade. Para ele, por um lado este encontro o preocupou, mas por outro, foi muito importante para traçar formas e buscar soluções para o problema. “Nós como vereadores precisamos estar juntos destes profissionais que defendem a educação para ouvi-los e acharmos uma solução. Não podemos ficar parados olhando o que está acontecendo. Precisamos agir”, declarou.

O presidente da CEBES, Patric Cavalcanti, ressaltou que, como a coordenadoria informou que em poucos dias o problema deverá ser resolvido, irá aguardar até a próxima semana para ver o andamento da questão, mas, alertou que depois deste período irá buscar informações se a situação foi resolvida ou não. Do contrário, Cavalcanti disse que irá fazer um levantamento se há ainda falta de professores e em que áreas e assim, encaminhar uma solicitação ao Ministério Público Estadual para que chame a realização de um concurso público ou contratos emergenciais. “Entendemos o excesso de laudos e aposentadorias, mas a 7ª CRE já previa esta situação, por isso, devia ter tomado medidas preventivas e se preocupado com este problema antes do início do ano letivo. Agora temos que tentar resolver e buscar estrutura, mais recursos e realizar mais encontros para que em 2011 não ocorra o mesmo problema”, salientou.